O que é o Consciência Social?

É um blogue que convida todos à aberta discussão de temas relevantes para o desenvolvimento pessoal e de maior consciência social. Encontre temas ligados ao ambiente, práticas ecológicas, soluções de sustentabilidade, espiritualidade, iniciativas sociais e muitas novas ideias! Comenta! Partilha!

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quinta-feira, outubro 07, 2010

Dia 10 de Outubro de 2010: um dia simbólico, para começar a cuidar do planeta Terra



A insustentabilidade da nossa civilização vê-se nas crises económicas e sociais, uma espécie inteligente não consegue montar um sistema social que produz prosperidade e tranquilidade para todos!

Ou nos desastres ambientais como o que ocorreu no Golfo do México ou o que ocorreu recentemente na Húngria. As quantidades de tóxicos libertadas foram imensas em ambos os casos, e mostra como ambas as indústrias poderiam ser especificamente substítuidas; a de extração do alumínio por reciclagem do alumínio que vai para o lixo todos os dias e é 100% reciclável. A do petróleo pelas energias renováveis.

Não são só desastres tóxicos, ou mudanças climáticas, é também, por exemplo a poluição nuclear. Existem tantas centrais nucleares em todo o mundo. O risco de um acidente existe, e têm acontecido, e as consequências são sempre dramáticas.

Não se trata de "modas ambientalistas".

A nossa civilização não pode continuar a caminhar a este ritmo galopante em nome do progresso e tecnologia, quando criámos um impacto tão destrutivo no planeta.

Depois é uma civilização que também se verga nos braços da natureza (apesar de achar que possui o planeta) aquando de uma erupção vulcânica, na face das mudanças climáticas, ou destes desastres ecológicos.

A nossa humildade deveria começar com o reconhecimento que o meio ambiente e é a nossa casa. Deveria ser nossa intenção, adoptar um estilo de vida que seja mais amigo da Terra e cuide de todos, seres humanos sem excepção, animais e plantas, e meio ambiente.

No próximo dia 10 de Outubro de 2010, ocorrerá a campanha mundial pela redução de 10% das emissões de carbono a cada ano, começando em 2010. A campanha por si só é um bom primeiro passo. Apoia, cria ou junta-te a iniciativas!

Participa! Vê as iniciativas na tua zona em http://www.350.org/


segunda-feira, outubro 04, 2010

Medidas de austeridade - haveria outras soluções bem melhores (veja quais!)

Portugal aprova assim como o resto da União Europeia as famosas "medidas de austeridade".
É a meu ver, um erro. E um grande erro.

As medidas irão tornar a vida dos portugueses mais díficil.
E não vão estimular a economia.

Um exemplo de um plano para a estimular a economia mundial, o emprego (e a alegria social), seria criar estruturas que visassem empregar os desempregados em ocupações que estes desejassem.

E não estou a ser lírico - há muito para se fazer: investir na sustentabilidade emocional por exemplo.
  • Cuidar das crianças orfãs, dos inúmeros idosos que passam os seus últimas dias sem que fazer.
  • Plantar florestas, proteger e aumentar a biodiversidade.
  • Ajudar na produção agrícola local (e assim ajudar a responder à crise alimentar)
  • Reparar as inúmeras casas velhas existentes nas cidades portuguesas.
  • Reparar os buracos das estradas.
  • Enviar pessoas para os países lusófonos em África em projectos de parceria entre Portugal e esses países.
  • Construir uma nova rede de comboios em Portugal até ao interior.
  • Investir em projectos de eco-turismo regional e nas zonas rurais.
  • Investir e empregar essas pessoas nas energias renováveis!
Porque será que o governo vive tão obsecado com o deficit e a economia?
Há inúmeras BOAS IDEIAS para se por em prática. Há inúmera oferta e procura.
Falta o investimento do Estado.

Não podem ser só interesses privados como organizações não governamentais a promover estes esforços. Assim nem se gera emprego, nem se gera sustentabilidade económica, nem social.

Se o dinheiro pára de circular, se existe austeridade, a economia ainda irá estagnar mais!

Existe dearticulação entre o Estado, a população, o interesse privado e as Universidade.
É pena, porque a Internet permite a divulgação de muito boas ideias. Falta a iniciativa das pessoas.



domingo, setembro 07, 2008

Combater a poluicao humana e mudancas climaticas: É preciso mais que accoes individuais, é preciso um movimento massivo dos politicos e da sociedade

http://www.independent.co.uk/travel/news-and-advice/lifestyle-choices-wont-win-the-battle-against-global-warming-921458.html

Lifestyle choices won't win the battle against global warming

In a new book on climate change, Jonathan Neale argues that solutions are within reach but the political will is lacking – a mass movement is needed to make governments take the lead

"Should you feel guilty about flying [or cars]? A lot of people would say you should. After all, the danger of runaway climate change is real. No one knows how far away that is. We probably have 10 to 30 years, but we may have longer, and we may already have passed the tipping point. (...)

The solution, then, is government investment and regulation. But that's the problem, too. It's not technology; it's politics. (...)

There's an even bigger problem, though. Many mainstream politicians have woken up to the dangers of climate change – Cameron, Merkel, Sarkozy, Gore and the Terminator. So have many bankers and corporate leaders. They now understand the science. They have children and grandchildren. And they own the world – they don't want to destroy it. (...)

That's where guilt comes in. The governments should be solving the climate problem. They aren't. So an avalanche of propaganda is coming at us - saying it's all your fault.
Almost everything about climate is put in terms of individual lifestyle choices such as green tourism. But no one really thinks that will insulate the houses of the poor, build wind farms around the world, or cut emissions in China. (...)

What we need is a mass movement to change government policies, or replace the current politicians with people who will take action."

sexta-feira, agosto 08, 2008

Uma sociedade e vida mais utópica

Fundamentalmente a ideia de uma sociedade utópica em que todos servem um bem comum é uma boa ideia.
E é possível.
Pois que sirva como exemplo a vida pacífica e harmoniosa que muitas tribos e sociedade ditas primitivas tinham.
Viviam em harmonia com a natureza, sem stresses de ter que ter um emprego e dinheiro.

Hoje em dia falta visão inspiradora para quer os governos, quer o povo, quer para os empresários.
É como se todo o mundo esteja vivendo uma anestesia global, uma ilusão.
E a ilusão do egoísmo, materialismo e interesse pessoal.

Fundamentalmente a ideia de uma sociedade socialista, comunista ou anarquista, em que todos servem um bem comum, sem necessidade que tudo seja cotado em preços, é uma boa ideia.
Basta apenas que a natureza humana, e aquilo que constituem as nossas aspirações mude.

Como disse, o interesse humano ainda é motivo puramente pela sua própria sobrevivência e assegurar coisas ilusórias como status social ou estabilidade monetária.
A falta de educação ou rigidez mental também é algo que impede as pessoas de poderem ver mais além.

Hoje em dia, com controlo exagerado dos estados, da ditadura da economia e das empresas, do mercado competivo e do stress urbano, será que alguém isto como uma sociedade desejável?
Não falando ainda dos desastres ambientais e possivel catástrofe ambiental e climática que poderá ocorrer nos próximos séculos. E não falando da tensões nucleares e sociais, da falta de alimentos, pobreza, instabilidade em muitos países e depressão das pessoas.

Há que nos iluminar e nos inspirarmos. Deixarmos para trás este passado e abraçarmos um novo futuro realista e mais inspirador.
Eu acredito que uma sociedade em que todos sejam livres, e que se devotem a servir um bem comum e mais elevado, é o caminho desejável. Pelo menos hoje em dia, somos "obrigados" a rever o modo como funciona a economia e já nos apercebemos que não podemos continuar assim com a nossa atitude imperialista, capitalista e dominante em relação à natureza, face ao risco de potencial catástrofe.

Restam questões práticas. Como proceder a esta transição?
A história mostra-nos o fracasso de praticamente todos os sistemas políticos, incluindo o actual, em fornecer felicidade, harmonia e paz às pessoas.
Creio que as sociedades avançadas europeias podem agora deixar de lado a avareza monetária que nos moveu durante décadas. E deixar de lado as ilusões do progresso e do avanço. Não há avanço, há apenas que procurarmos a felicidade e harmonia de todos.

É um trabalho individual e colectivo. Lento e gradual, e até doloroso, visto os eventos da história.
Pessoalmente vou pensando, e inclusivé com muitos de vós amigos e colegas, como se pode dar alguns passos numa transição para uma natureza humana mais altruísta, harmoniosa e fácil.
Creio que os avanços tecnológicos em vez de estarem ao serviço do lucro, podem reduzir a necessidade de horas de trabalho dos povos. Não há necessidade de tanta fábrica e industrialização, nem de tanta construção, carros e tecnologia. Agora é preciso perguntarmos como podemos melhorar o nosso balanço com o planeta, com as outras espécies com quem parece que nos divorciamos há muito, com a beleza do universo, com os outros povos que são nossos vizinhos e colegas de planeta, com o clima, a ecologia e a atmosfera.
E perguntarmo-nos também como podemos nos divertir mais, ter mais estabilidade sem ter que perseguir os problemas financeiros, ou de emprego, e continuar, através daquilo que temos como vocação e nos dê alegria, servir um bem maior e colectivo (e ao mesmo tempo pessoal).
Já nos libertamos da religião, da pobreza, da opressão e da ignorância, muitos de nós. Agora fala dirigirmo-nos a um ideal maior de mais harmonia nas nossas vidas, mais alegria e mais altruísmo.

Pessoalmente tenho acreditado que precisámos de ter mais mais hábitos ecológicos e poupados, menos materialistas, nas nossas vidas. E dedicarmo-nos talvez mais às artes e às pessoas, às coisas mais humanas e familiares.
Criar estruturas familiares ou comunitárias não é fácil nesta altura, mas creio ser um passo desejável.
A outra questão mais complicada é como criar menos dependência do mercado económico. Bem, pelo menos parece que atingirmos mais auto-suficiências nas questões de energia, terra, casa, comida e água, parece ser crucial. Ao mesmo tempo focarmo-nos na necessidade disso não só não ajuda como é a própria causa do problema!
Daí que se eu me estiver a rir,a divertir e a expressar-me de um modo muito mais natural e fluído, talvez esteja a cumprir a minha verdadeira missão de servir os outros, sem que comprometa a minha paz interior ou a dos outros. E, enquanto isso, posso escolher uma ocupação na sociedade que me ajude a criar este estilo de vida, tentando a viagem de chegar a esse idealismo final de uma comunidade global que transcendeu o seu próprio interesse e degradação.

Comentários vossos são benvindos, de preferência com ideias positivas e concretas!

Abraços a todos e felicidade,

segunda-feira, julho 07, 2008

Usar comida para combustíveis não é a solução!!


De acordo com um estudo recente (publicado na Science e noticiado pelo Público) os biocombustíveis só contribuem para piorar o ambiente mais do que melhorar.

Carros eléctricos sim, são uma excelente solução!


Sabe-se que o CO2 fica retido nas florestas que são destruídas para crescer as culturas do biodiesel. A melhor alternativa são carros eléctricos e sobertudo usar mais transportes públicos, restando o transporte individual para quem realmente precisa.

A questão da comida é que é necessário focar mais na produção local que custa menos (não involve custos de transporte aéreo ou terrestre) e é melhor para o ambiente (e induz mais comércio local no interior). A longo prazo a agricultura biológica e de policultura é melhor porque os solos mantém-se produtivos e saudaveis durante muito mais tempo, nao ha contaminação com quimicos perigosos dos escassos lençóis de água, nem OGMs (perigos de contaminação genética) e a policultura permite crescer por exemplo árvores de fruta juntas com vegetais, o que aumenta a retenção de água no solo e sequestramento de mais CO2.

Em síntese, carros eléctricos e agricultura local e biológica (policultura) são as soluções chave para as presentes crises

quinta-feira, junho 12, 2008

Society, economy, jobs, and the future

Este é um ensaio pessoal a descrever o que poderá acontecer caso uma crise económica se instale nos próximos anos devido à subida dos preços do petróleo (muito provável). O que é que nós podemos fazer de uma maneira prática.

This is a personal essay describing what will probably happen if a economy crisis happen during the next years, due to oil prices (very probable!), and what we could do. Feel free to add comments.


How society and its economy are structured

Society is organized around cities, countryside and surrounding nature, from which we should, in a sustainable way, took.
The basic structure of our society and jobs (and that affects where money goes and where people get located) is structured the following way:
We need food, shelter, water, energy, transportation, fun and some other minor things
Therefore we have, as a parallel, agriculture and a food industry (growing fields, milk industry, fishermen and fish industry, trucks that transport these, food processing industry, small markets, shops and supermarkets), a water industry for drinking and for providing distribution and waste treatment, energy produced with fuels, river dams, wind and energy centrals, industry for producing clothes and things, for distributing these, for acquiring basic materials such as wood, paper, plastic and computers, economists, lawyers, politics, administrators in between, scientists working for math, computers, ecology, waste treatment, forests, plant resources, pharmaceutics, with hospitals, nurses, dentists and medical centres, educations and schools shops selling fun services such as theatre, cinema, arts, drinking and shops, car assembly industry and public transportation, and industry providing their materials and distribution, city halls and probably the most stupid thing of all, stock markets.
This is, in general, a input (take from nature), process, distribute, sell and recycle or waste treatment line or circle. We choose our jobs accordingly to this overall structure and our talents and aspirations, where everyone seeks to service itself, others or the common good (preferably the last two). A social crisis comes when something does not work well or is unsustainable, as now with market speculation, oil depletion, resources depletion, unemployment and climate change. It means the structure, that should be a intelligent-designed network is not working properly.

If a economy crisis comes in next decades what will look like?

In a coming crisis, basic needs are going to be our foremost priority, particularly concerning food, distribution and transportation (of both people and goods), medical care, and maybe education care and fun will still made its way on. Energy will be a key issue followed by job sustainability and resources. The economy depression will probably set abruptly, as we are now seeing, and then slowly deepen, caused by the crash of oil industry, credit bubbles, market panic and unemployment or strike crazes. I can only guess that the unrest will kick in during 2009, aggravating in two years and a long recession proceeds through the following decade, until new energies and new ways of making economy and social structures, work out.
Politics will become harder as economy depresses, resources distributions slows down or depletes, unemployment and social unrest mounts and climate change may set in. During the former economy depressions, states became more authoritarian and trade become local instead of global, production and transportation dramatically slows down, and unemployment rises as people consume less and cannot work without fuels.
People in their young ages will find it difficult, in universities scholarships may continue, as funds reduce, the priorities will be agriculture, resources, energy, green building, despite the fact that the medical field and computers will still fare well.
Agriculture workers, fishermen and sail distributors may find it harder. Banks may collapse gradually. It may become expensive to drive a cars and public transportation will be a better choice. People will move from suburbs to inner city, to avoid transport costs. Getting a job will be more valued as private business and selling will become more difficult, but researching and working to solve resources (food, energy, materials) to keep the society work, will be more valued (except house building which will dramatically slow down, particularly in suburbs). In small cities and villages, people will not prefer live of agriculture and much less than services and will therefore migrate to bigger cities, looking for remaining jobs. Cleverly working with food needs and distributing them will be a smart choice. Policemen and medical care will be essential. Living from self-grown food or a water spring will be a very good step. The same goes for investing in renewable energies. Private investment will fare bad (this is well described during depressions), except in renewable energies, self-sufficient living, agriculture and resources, security-keeping, and eventually in food chains and social enterprises to keep people happy). When one is poor, and many become poor, most money will go to food, and then house and transport. The rich, in risk of becoming bankrupt due to economy crash, will invest in alternative ways of energy, agriculture an housing, or other important social services (this is a theory, but eventually the state will strongly support this). The mid class will barely manage to sustain the economy, making the money flow into the former mentioned fields and jobs (keeping a important and needed job or service will be essential; changing jobs will be very risky). The government, a main source of jobs in next years, will invest in these same areas. Working in city halls, public services, in the all areas described in former essay (of most basic needs) will fare very good. In summary, move for governmental jobs concerning important services and needs, and later invest in private basic needs enterprises
I am still looking forward for a more practical view of which jibs and careers may be best in following years. Which ones may become more of service to others, in a enjoyable and useful way.


Click in the video to the the insightful and cleverly-designed "story of the stuff", takes about 25min.

Soluções práticas para a crise!

Há soluções práticas para a crise. É preciso mudar *muita* coisa.
- Aos camionistas: O transportes das comidas e combustiveis deve ser feito por via comboio!
- Deve-se investir mais na produção local para não haver futuras rupturas de stocks; a comida local é mais saborosa e ajuda a criar mais emprego local!
- Aos agricultores deixem de usar pesticidas, adubos químicos e hercididas e já poupam dinheiro, o ambiente e ainda a saúde de muitos. A agricultura biológica não é tão produtiva mas não depende tanto do petróleo.
- Aos pescadores deixem de pescar tão intensivamente, há imensas espécies já em grande dimunuição.
- Aos condutores em geral, conduzam menos, vivam perto do local de trabalho.
- O governo também precisa de dar uma mão aqui; mudar as coisas: investir em energias alternativas, poupança de recursos (o ambiente agradece)
- Criarem-se carros movidos a outras energias (eléctrica ou hidrogénio). Se não vamos todos parar e certamente quem vai agradecer é o ambiente.
- Casa um de nós precisa de apoiar (na altura de comprar, optar) por produção local e sustentável. A crise serve para indicar os pontos fracos da nossa sociedade. cada um de nós precisa também de gerar e ser mais auto-suficiente. Consumir menos é crítico. À industria e a todos nós, é necessário trocarmos de ocupações: investirmos em coisas mais sustentáveis e amigas do ambiente e pensando numa sociedade mais em harmonia.

terça-feira, maio 20, 2008

Como evitar a vindoura crise mundial

Com o início do fim do petróleo, que eleva os preços da comida, transportes e tudo na economia, pelo facto de a economia ser capitalista, mundial e especulativa, em vez de sustentável, rural e mais humana.
Mas venha a crise em 2010, 2015 ou 2020, podemos estar preparados. Pelo menos, num meio rural a vida será cómoda. Nas cidades as pessoas terão que cultivar comida e a agricultura biológica não será mais um luxo mas uma obrigação quando os solos já de si esgotados não poderem ser fertilizados com os químicos habituais, quase todos relacionados com a economia industrial e do petróleo.
Quando a União Soviética colapsou em 1989, dois países ficaram de repente sem acesso à sua industria e petróleo importado, e seguiram dois caminhos diferentes de subsistência: Cuba e a Coreia do Norte. Infelizmente a Coreia do Norte teve uma grande crise de fome que ainda hoje atravessa por ter acreditado que podia continuar no mesmo caminho.
Cuba, por outro lado, além de ter dos melhores sistemas de ensino e saúde do mundo, tem hoje uma agricultura sustentável e embora as pessoas não vivam com luxos (nem deviam), vivem bem e não passam fome (embora não tenha computadores). O governo de Cuba foi inteligente em ter acreditado que as medidas de auto-suficiência local e do povo, baseadas na agricultura de substistência ecológica e local. Em Havana hoje 50% da comida vem dos próprios jardins urbanos de comida que as pessoas decidiram cultivar nos telhados e ruas. Cuba superou e pode-nos dar o exemplo positivo para o futuro, um governo que fez o bem pelo povo, assim como a Coreia-do-Norte pode-nos dar o exemplo daquilo que não devemos seguir, o egoísmo dos governos.

Pessoalmente, mesmo que os governos europeus e português não façam estas coisas, nós podemos. Podemos associar-nos às pessoas e actividades mais rurais e sustentáveis, abandonar o consumismo e começar já hoje, em espírito de entreajuda e criar um futuro mais auto-suficiente e equilibrado. Eu próprio comecei este caminho, embora com esforços, há cerca de dois anos. E parece adequado tendo em vista a imparável subida dos preços dos combustíveis e comida. O meu palpite é que a crise irá bater a porta em 2010. Muitos analistas predizem o mesmo. Vemos os governos tomando medidas sérias? Não. Então quem as deve tomar? Nós!

Para alguma questão, basta perguntarem-me nos comentários.
Ler mais em www.yesmagazine.org/article.asp?ID=1462

quarta-feira, novembro 28, 2007

Fukuoka e a revolução da agricultura e de todo um estilo de vida

40 Years of Natural Farming - Fukuoka

Masanobu Fukuoka, with his grizzled white beard, subdued voice, and traditional Oriental working clothes, may not seem like an apt prototype of a successful innovative farmer. Nor does it, at first glance, appear possible that his rice fields—riotous jungles of tangled weeds, clover, and grain—are among the most productive pieces of land in Japan. But that's all part of the paradox that surrounds this man and his method of natural farming.

Using practices that some people might consider backward (or even foolish!). His acres consistently produce harvests that equal or surpass those of his neighbors who use labor-intensive, chemical-dependent methods. Fukuoka's system of farming is amazing not only for its yields, but also for the fact that he has not plowed his fields for more than 30 years! Nor does he use prepared fertilizer—not even compost—on his land, or weed his rows, or flood his rice paddies.

Fukuoka's agricultural approach is simplicity itself.

For more information please read these interviews:
http://www.motherearthnews.com/DIY/1982-07-01/The-Plowboy-Interview-Masanobu-Fukuoka.aspx
http://www.context.org/ICLIB/IC14/Fukuoka.htm
http://www.lifepositive.com/body/nature/fukuoka-organicfarming.asp

He says: "If a single new bud is snipped off a fruit tree with a pair of scissors, that may bring about a disorder which cannot be undone…Human beings with their tampering do something wrong, leave the damage unrepaired, and when the adverse results accumulate, work with all their might to correct them."

sábado, novembro 24, 2007

¡NO ME LLAMES EXTRANJERO!

No me llames extranjero,
porque haya nacido lejos,
o porque tenga otro nombre
la tierra de donde vengo.

No me llames extranjero,
porque fue distinto el seno,
o porque acunó mi infancia
otro idioma de los cuentos.

No me llames extranjero
si en el amor de una madre,
tuvimos la misma luz,
en el canto y en el beso,
con que nos sueñan iguales
las madres contra su pecho.

No me llames extranjero,
ni pienses de dónde vengo,
mejor saber dónde vamos,
adónde nos lleva el tiempo.

No me llames extranjero,
porque tu pan y tu fuego,
calman mi hambre y mi frío,
y me cobija tu techo.

No me llames extranjero,
tu trigo es como mi trigo,
tu mano como la mía,
tu fuego como mi fuego
y el hambre no avisa nunca,
vive cambiando de dueño.

Y me llamas extranjero…
porque me trajo un camino,
porque nací en otro pueblo,
porque conozco otros mares
y zarpé un día de otro puerto,
si siempre quedan iguales
en el adiós los pañuelos
y las pupilas borrosas
de los que dejamos lejos.

Los amigos que nos nombran
y son iguales los rezos
y el amor de la que sueña
con el día del regreso.

Traemos el mismo grito,
el mismo cansancio viejo
que viene arrastrando el hombre
desde el fondo de los tiempos,
cuando no existían fronteras,
antes que vinieran ellos…
Los que dividen y matan,
los que roban,
los que mienten,
los que venden nuestros sueños,
los que inventaron un día esta palabra…
¡¡¡ “extranjero” !!!

No me llames extranjero
que es una palabra triste,
que es una palabra helada
huele a olvido y a destierro.

No me llames extranjero
mira tu niño y el mío
cómo corren de la mano
hasta el final del sendero.

No los llames extranjeros,
ellos no saben de idiomas,
de límites ni banderas,
míralos se van al cielo
con una risa paloma,
que los reúne en el vuelo.

No me llames extranjero
piensa en tu hermano y el mío,
el cuerpo lleno de balas besando de muerte el suelo.

Ellos no eran extranjeros,
se conocían de siempre;
por la libertad eterna,
igual de libres murieron.

¡¡¡No me llames extranjero!!!
Mírame bien a los ojos,
mucho más allá del odio,
del egoísmo y el miedo
¡¡¡No puedo ser extranjero!!!
¡Y verás que soy un hombre!

Canción-poema de Rafael Amor

sexta-feira, novembro 16, 2007

The falling of Creative Class*

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Bertold Brecht

Relembro este 'velho' poema que percorreu a minha juventude, e admiro a sua contemporaneidade. Volto ainda a relembrar um artigo que publiquei aqui á precisamente um ano atrás - Capital Cultural - e que reflecte sobre o valor gerado pela "Classe Criativa" para a economia europeia. Faço a ponte com um estudo, "Europe in the Creative Age", publicado em 2004, de Richard Florida, autor de "The Rise of the Creative Class, e fundador do "Creative Class Group".
Este é o momento para tomar posição e acabar com o silenciamento de algumas "verdades inconvenientes". Não o faço porque temo que me 'levem' a mim (isso está a acontecer neste momento), mas porque acredito que é absolutamente uma questão moral e ética falar sobre a realidade de milhares de 'criadores' que vivem hoje na mais pura das misérias, integrando o corpo de desempregados, precários e pobres que perfazem já mais de 20% da população portuguesa. Não faço ideia da dimensão europeia do problema, mas acredito que andará por valores próximos (embora mais baixos do que os portugueses).
Inspiram-me os monges budistas da Birmânia, que decidiram não calar mais a sua consciência, que tiveram a nobreza e a coragem de saírem à rua denunciando (mundialmente) a imoralidade, a ditadura, a opressão, a miséria e a fome em vive o povo do seu país.
Acredito que esta é uma questão moral, porque creio que não pode ser admissível que aqueles que estão entre os que mais contribuem para a 'riqueza' da Europa, sejam precisamente aqueles que estão entre os mais sacrificados (ninguém deve ser sacrificado).
Há um ano atrás era capa do jornal Público - "CULTURA COM MAIS PESO NA ECONOMIA EUROPEIA DO QUE SECTOR AUTOMÓVEL". Fiquei estúpido na altura! Foi necessário que, um conceituado economista europeu, contratado pela comissão europeia
(segundo o artigo publicado), conclui-se que o sector da Cultura contribuia mais para o PIB europeu, que uma das mais poluentes e destruidoras industrias do planeta (a automóvel, e todas aquelas a si associadas, como a do petróleo), para esta questão, do valor da Cultura, viesse á luz do dia. Hoje, com as questões das alterações climáticas a entrarem-nos todos os dias pelas nossas vidas adentro - já não se tratam apenas de previsões, ou estudos, mas da realidade indesmentível, de secas, cheias, tufões, subidas do nível do mar, temperaturas e fenómenos metereológicos anómalos - é mais do que indispensável actuar; é necessário mudar de paradigma! Porque esta é absolutamente uma questão de sobrevivência do Planeta!
Olho em volta e vejo como, uma "classe" que tanto contribui para o desenvolvimento humano - de artistas, criadores, escritores, investigadores, professores, actores, pensadores (e tantos outros que criam cultura) - está sendo cada vez mais arredada de um dos direitos humanos mais elementares: o direito ao trabalho em condições dignas e respeitadoras da sua inteireza enquanto Ser.
Recorro ao estudo de Richard Florida, só para citar alguns dados, referindo que Portugal foi considerado o país mais atrasado nesse campo (o do crescimento da 'Classe Criativa' na Europa). Mas mais do que isso, é também interessante mencionar que o país mais bem colocado é a Suécia, na maioria dos índices estudados - tolerância, criatividade e crescimento económico - colocando-se mesmo, este país, á frente do EUA (o que não é nada de admirar...).
Isto faz-me pensar, que, ou valorizamos pouco o capital criativo e toda a riqueza gerada por este sector, ou estamos cegos e não queremos ver, ou simplesmente estamos alheados de toda esta realidade, e não aprendemos nada, com os nossos parceiros suecos.
Não consigo calar a minha indignação perante o sofrimento que vejo (e sinto) todos os dias à minha volta. Sinto que somos muitos milhões de seres, com capacidade, talento, criatividade, inteligência, arte e engenho, que podemos contribuir para o desenvolvimento deste País, e desta Comunidade Europeia, e estamos sendo arredados da possibilidade de o fazer. Aqueles que de nós, já o fizeram durante mais de uma década, ajudando e contribuindo para a prosperidade de marcas, produtos, serviços, empresas, que demos muito à economia do nosso país, acabámos por ser 'expurgados', de uma ou de outra forma, muitas das vezes, simplesmente, por discordamos do modelo vigente (o mesmo que está agora mesmo mostrando as suas consequências, através da destruição ambiental do planeta!). Marginalizados pelo sistema, somos empurrados para a margem da sociedade. Já somos demasiado velhos (com 38 anos!!!) para continuar a servir os interesses económicos (selvagens) que dominam toda a economia e somos ainda demasiado novos para nos reformarmos. Aliás não conheço ninguém que o queira! Queremos poder trabalhar e continuar contribuindo para o desenvolvimento (sustentável) do nosso país! Queremos poder colocar o nosso talento ao serviço do bem-comum, da justiça económica, social e ambiental! Queremos e merecemos ser respeitados pelo valor que produzimos, pelo capital que ajudamos a criar. Queremos uma distribuição justa e equitativa dos dividendos do nosso trabalho criativo, e queremos que esse valor seja repartido por todos aqueles que estão sofrendo com a fome e as condições sociais desumanas! Queremos poder contribuir para um planeta mais sustentável, para uma Europa criativa e criadora de bem-estar para todos.
É imoral que este país seja governado por engenheiros, gestores, economistas
(com todo o respeito por estes profissionais), especuladores financeiros, 'figuras públicas', burocratas (com menos consideração por estes últimos), que sugam a energia criadora de todo um povo, que lhes levam toda a sua energia, que lhes roubam a alma! Não é moral, por exemplo, que no nosso país, que uns que 'roubam' milhões de euros (uns 12, outros mais, alguns menos), sejam não só perdoados como até abençoados; enquanto que por outro lado aqueles que contribuem para o desenvolvimento de um mundo mais aberto, mais tolerante, mais criativo, mais próspero para todos, são tratados muitas vezes como criminosos, porque deixaram de conseguir cumprir com as suas obrigações mais elementares, para com a casa, a educação, a alimentação, (já não nem falo da exclusão cultural!), às vezes com perseguições 'caricatas' por dívidas de (uns míseros) 400 euros ao banco!
É imoral que a "classe" criativa (assim como de muitos e muitos milhões de concidadãos de outras 'classes' desfavorecidas) estejam a ser empurrados para o 'esgoto', enquanto os multimilionários, ajudados pelas classes dirigentes de políticos sem escrúpulos, exibem vergonhosamente a sua riqueza nos media que eles próprios financiam.
Perante esta realidade, pergunto: o que fazemos? Ficamos calados, deixamos de assumir com a nossa consciência uma posição clara? Ou tomamos posição e passamos á acção? Deixo a pergunta, para que possamos reflectir e agir juntos. Antes que nos levem de vez!
Porque a queda da classe criativa, é a queda de toda a cultura democrática, acessível a todos, partilhada por todos, e que contribui para, muito mais do que o crescimento económico: contribui para a liberdade, a diversidade e a riqueza espiritual de um povo.

Voltarei ao tema, porque o tema, é a minha própria vida, e convoco todos os criadores, a tomarem posição, a não calarem o que sentem, porque um dia, pode ser tarde de mais, e quando dermos conta, seremos mais do que uma "classe" em queda, seremos prisioneiros de um qualquer regime "saudosista" que regresse das brumas do nevoeiro em que vivemos todos os dias...


*A queda da 'Classe Criativa'. Titulo inspirado em "The raise of the Creative Class" (a ascensão da 'Classe Criativa')

Publicado em simultâneo no blog: http://semearcriatividade.blogspot.com

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Bons sites

Mais uns bons sites:

http://www.alternet.org/topstories/ Para notícias alternativas
http://www.pathtofreedom.com/about/index.shtml Auto-suficiência
http://www.globalpublicmedia.com/articles/657 Um bom exemplo de "revolução"

Obrigado Hélder
e bons devaneios de Amor a todos*

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Referendo de dia 11 de Fevereiro

Considero notável a opinião do Alexandre, é talvez das posições mais sensatas que já li a apelar ao voto sim. E também li opiniões muito sensatas da parte do não. Não obstante, após ponderar bastante, e encontrar todos estes diferentes pontos de vista, decidi abster-me no próximo referendo de Domingo por chegar a uma conclusão que sinto ser mais abrangente.

Por um lado sinto que as mulheres não devam ser julgadas mas sim ajudadas, pois tem o direito a uma vida digna. Por outro lado, se abortam, os fetos deixam de ter o direito à sua vida.
Ou seja, a questão é extremamente delicada e até acho doloroso estarem-nos a pedir para votar numa matéria tão a preto-e-branco.

Gostava de estender a minha compaixão tanto aos fetos que devem ser defendidos como às mulheres que devem ter direito a uma vida livre, sem contudo deixar de achar que estas não devam interferir na vida de futuros seres (pela realização de um aborto). Considerados estes valores éticos, irei abster-me como a posição pela qual não contribuo directamente para prejudicar nem um lado, beneficiando o outro, nem a situação inversa. Continuo a achar que intervir directamente na tentativa de elevar os níveis de compreensão e de paz, de comunicação e de amor, na vida dos casais, transversalmente em todos os níveis sociais, é a medida que a sociedade deve em bom senso e delicamente tomar. E claro, desencorajar a prática do aborto.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Boicota estas empresas!

Boicota estas empresas!
Promover o comércio nacional e tradicional é uma opção

Com todo o respeito e amor que tenha por todos os seres humanos, irei aqui mencionar as 14 empresas/corporações que mais violaram os direitos humanos, além de outros crimes, atentados ambientais e sociais, no ano de 2005. A lista é apontada pela associação Global Exchange.

Caterpillar - Coca Cola - Ford - Nestlé - PFizer - Chevron - Monsanto - Philip Morris - Dow Chemical - Dyncorp - KBR (Kellog, Brown and Root) - Lockheed Martin - Suez-Lyonnaise des eaux (Slde) - Wal-Mart

É fácil tomares acção. Boicota-as! Nem que isso implique mudares a marca do leite achocolatado matinal! Só assim essas corporações irão parar para pensar.

ver Link

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Para a fome no mundo...

Uma excelente solução!

Tabela quali-quantitativa de produção e período de consumo estimado para alimentos vegetais e a carne bovina: (por cada 4 hectares, produção de 5 anos)

Kg de produção
cal/100g
gramas de proteína
% proteína dentro do valor calórico
Kg de proteína obtidos
anos que dá para alimentar um homem/mulher
n. pessoas alimentadas*

Milho
34.000 Kg
365
9,4
10%
3.366
132 anos
48.086 pessoas

Soja
32.000 Kg
416
36,5
33%
10.464
410 anos
149.486 pessoas

Arroz
19.000 Kg
359
8,0
9%
1.691
66 anos
24.157 pessoas

Feijão
8.000 Kg
336
20,0
24%
1.880
74 anos
26.857 pessoas

Carne bovina
210 Kg
330
36,0
58%
121
5 anos
1.730 pessoas


(*) refere-se a uma alimentação que possa suprir as exigências proteicas

Cultivar cereais e vegetais em vez de usar terrenos para criar gado para alimentação humana é uma forma muito mais sensata e inteligente de alimentar muito e mais gente duma forma muito mais saudável. (Desde que usando adubos naturais e policulturas)


Referências não citadas mas arranjo-as a quem quiser

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Poll- referendo sobre o aborto

Votem na poll que criei ao lado para termos uma dia das opiniões das pessoas que frequentam o Consciência Social.

Pessoalmente e apesar das minhas ideias libertárias e de esquerda, vou votar não porque considero as doze semanas um exagero pois a essa altura já se considera um feto humano com sistema nervoso plenamente em formação. Além disso, considero uma regressão moral e ética tremenda se o referendo aprovar o aborto em qualquer circunstância, que a partir da sexta semana é sempre o término duma vida humana com sistema nervoso. Como solução creio na educação sexual a fundo sobre planeamento familiar e contracepção e de providenciarem-se mais condições para criar um filho (políticas natalícias) ou a adopção como outra alternativa.