O que é o Consciência Social?

É um blogue que convida todos à aberta discussão de temas relevantes para o desenvolvimento pessoal e de maior consciência social. Encontre temas ligados ao ambiente, práticas ecológicas, soluções de sustentabilidade, espiritualidade, iniciativas sociais e muitas novas ideias! Comenta! Partilha!

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terça-feira, maio 20, 2008

Como evitar a vindoura crise mundial

Com o início do fim do petróleo, que eleva os preços da comida, transportes e tudo na economia, pelo facto de a economia ser capitalista, mundial e especulativa, em vez de sustentável, rural e mais humana.
Mas venha a crise em 2010, 2015 ou 2020, podemos estar preparados. Pelo menos, num meio rural a vida será cómoda. Nas cidades as pessoas terão que cultivar comida e a agricultura biológica não será mais um luxo mas uma obrigação quando os solos já de si esgotados não poderem ser fertilizados com os químicos habituais, quase todos relacionados com a economia industrial e do petróleo.
Quando a União Soviética colapsou em 1989, dois países ficaram de repente sem acesso à sua industria e petróleo importado, e seguiram dois caminhos diferentes de subsistência: Cuba e a Coreia do Norte. Infelizmente a Coreia do Norte teve uma grande crise de fome que ainda hoje atravessa por ter acreditado que podia continuar no mesmo caminho.
Cuba, por outro lado, além de ter dos melhores sistemas de ensino e saúde do mundo, tem hoje uma agricultura sustentável e embora as pessoas não vivam com luxos (nem deviam), vivem bem e não passam fome (embora não tenha computadores). O governo de Cuba foi inteligente em ter acreditado que as medidas de auto-suficiência local e do povo, baseadas na agricultura de substistência ecológica e local. Em Havana hoje 50% da comida vem dos próprios jardins urbanos de comida que as pessoas decidiram cultivar nos telhados e ruas. Cuba superou e pode-nos dar o exemplo positivo para o futuro, um governo que fez o bem pelo povo, assim como a Coreia-do-Norte pode-nos dar o exemplo daquilo que não devemos seguir, o egoísmo dos governos.

Pessoalmente, mesmo que os governos europeus e português não façam estas coisas, nós podemos. Podemos associar-nos às pessoas e actividades mais rurais e sustentáveis, abandonar o consumismo e começar já hoje, em espírito de entreajuda e criar um futuro mais auto-suficiente e equilibrado. Eu próprio comecei este caminho, embora com esforços, há cerca de dois anos. E parece adequado tendo em vista a imparável subida dos preços dos combustíveis e comida. O meu palpite é que a crise irá bater a porta em 2010. Muitos analistas predizem o mesmo. Vemos os governos tomando medidas sérias? Não. Então quem as deve tomar? Nós!

Para alguma questão, basta perguntarem-me nos comentários.
Ler mais em www.yesmagazine.org/article.asp?ID=1462

quarta-feira, novembro 28, 2007

Histórias pessoais para um mundo melhor

Also check this excelent collection of personal stories and articles:
http://www.context.org/ICLIB/backi.htm

Lots of advices, reflexions and assays on environmental, poetic, sustainable, humanistic, comic and happy, ways of living. A must see

sexta-feira, novembro 16, 2007

The falling of Creative Class*

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Bertold Brecht

Relembro este 'velho' poema que percorreu a minha juventude, e admiro a sua contemporaneidade. Volto ainda a relembrar um artigo que publiquei aqui á precisamente um ano atrás - Capital Cultural - e que reflecte sobre o valor gerado pela "Classe Criativa" para a economia europeia. Faço a ponte com um estudo, "Europe in the Creative Age", publicado em 2004, de Richard Florida, autor de "The Rise of the Creative Class, e fundador do "Creative Class Group".
Este é o momento para tomar posição e acabar com o silenciamento de algumas "verdades inconvenientes". Não o faço porque temo que me 'levem' a mim (isso está a acontecer neste momento), mas porque acredito que é absolutamente uma questão moral e ética falar sobre a realidade de milhares de 'criadores' que vivem hoje na mais pura das misérias, integrando o corpo de desempregados, precários e pobres que perfazem já mais de 20% da população portuguesa. Não faço ideia da dimensão europeia do problema, mas acredito que andará por valores próximos (embora mais baixos do que os portugueses).
Inspiram-me os monges budistas da Birmânia, que decidiram não calar mais a sua consciência, que tiveram a nobreza e a coragem de saírem à rua denunciando (mundialmente) a imoralidade, a ditadura, a opressão, a miséria e a fome em vive o povo do seu país.
Acredito que esta é uma questão moral, porque creio que não pode ser admissível que aqueles que estão entre os que mais contribuem para a 'riqueza' da Europa, sejam precisamente aqueles que estão entre os mais sacrificados (ninguém deve ser sacrificado).
Há um ano atrás era capa do jornal Público - "CULTURA COM MAIS PESO NA ECONOMIA EUROPEIA DO QUE SECTOR AUTOMÓVEL". Fiquei estúpido na altura! Foi necessário que, um conceituado economista europeu, contratado pela comissão europeia
(segundo o artigo publicado), conclui-se que o sector da Cultura contribuia mais para o PIB europeu, que uma das mais poluentes e destruidoras industrias do planeta (a automóvel, e todas aquelas a si associadas, como a do petróleo), para esta questão, do valor da Cultura, viesse á luz do dia. Hoje, com as questões das alterações climáticas a entrarem-nos todos os dias pelas nossas vidas adentro - já não se tratam apenas de previsões, ou estudos, mas da realidade indesmentível, de secas, cheias, tufões, subidas do nível do mar, temperaturas e fenómenos metereológicos anómalos - é mais do que indispensável actuar; é necessário mudar de paradigma! Porque esta é absolutamente uma questão de sobrevivência do Planeta!
Olho em volta e vejo como, uma "classe" que tanto contribui para o desenvolvimento humano - de artistas, criadores, escritores, investigadores, professores, actores, pensadores (e tantos outros que criam cultura) - está sendo cada vez mais arredada de um dos direitos humanos mais elementares: o direito ao trabalho em condições dignas e respeitadoras da sua inteireza enquanto Ser.
Recorro ao estudo de Richard Florida, só para citar alguns dados, referindo que Portugal foi considerado o país mais atrasado nesse campo (o do crescimento da 'Classe Criativa' na Europa). Mas mais do que isso, é também interessante mencionar que o país mais bem colocado é a Suécia, na maioria dos índices estudados - tolerância, criatividade e crescimento económico - colocando-se mesmo, este país, á frente do EUA (o que não é nada de admirar...).
Isto faz-me pensar, que, ou valorizamos pouco o capital criativo e toda a riqueza gerada por este sector, ou estamos cegos e não queremos ver, ou simplesmente estamos alheados de toda esta realidade, e não aprendemos nada, com os nossos parceiros suecos.
Não consigo calar a minha indignação perante o sofrimento que vejo (e sinto) todos os dias à minha volta. Sinto que somos muitos milhões de seres, com capacidade, talento, criatividade, inteligência, arte e engenho, que podemos contribuir para o desenvolvimento deste País, e desta Comunidade Europeia, e estamos sendo arredados da possibilidade de o fazer. Aqueles que de nós, já o fizeram durante mais de uma década, ajudando e contribuindo para a prosperidade de marcas, produtos, serviços, empresas, que demos muito à economia do nosso país, acabámos por ser 'expurgados', de uma ou de outra forma, muitas das vezes, simplesmente, por discordamos do modelo vigente (o mesmo que está agora mesmo mostrando as suas consequências, através da destruição ambiental do planeta!). Marginalizados pelo sistema, somos empurrados para a margem da sociedade. Já somos demasiado velhos (com 38 anos!!!) para continuar a servir os interesses económicos (selvagens) que dominam toda a economia e somos ainda demasiado novos para nos reformarmos. Aliás não conheço ninguém que o queira! Queremos poder trabalhar e continuar contribuindo para o desenvolvimento (sustentável) do nosso país! Queremos poder colocar o nosso talento ao serviço do bem-comum, da justiça económica, social e ambiental! Queremos e merecemos ser respeitados pelo valor que produzimos, pelo capital que ajudamos a criar. Queremos uma distribuição justa e equitativa dos dividendos do nosso trabalho criativo, e queremos que esse valor seja repartido por todos aqueles que estão sofrendo com a fome e as condições sociais desumanas! Queremos poder contribuir para um planeta mais sustentável, para uma Europa criativa e criadora de bem-estar para todos.
É imoral que este país seja governado por engenheiros, gestores, economistas
(com todo o respeito por estes profissionais), especuladores financeiros, 'figuras públicas', burocratas (com menos consideração por estes últimos), que sugam a energia criadora de todo um povo, que lhes levam toda a sua energia, que lhes roubam a alma! Não é moral, por exemplo, que no nosso país, que uns que 'roubam' milhões de euros (uns 12, outros mais, alguns menos), sejam não só perdoados como até abençoados; enquanto que por outro lado aqueles que contribuem para o desenvolvimento de um mundo mais aberto, mais tolerante, mais criativo, mais próspero para todos, são tratados muitas vezes como criminosos, porque deixaram de conseguir cumprir com as suas obrigações mais elementares, para com a casa, a educação, a alimentação, (já não nem falo da exclusão cultural!), às vezes com perseguições 'caricatas' por dívidas de (uns míseros) 400 euros ao banco!
É imoral que a "classe" criativa (assim como de muitos e muitos milhões de concidadãos de outras 'classes' desfavorecidas) estejam a ser empurrados para o 'esgoto', enquanto os multimilionários, ajudados pelas classes dirigentes de políticos sem escrúpulos, exibem vergonhosamente a sua riqueza nos media que eles próprios financiam.
Perante esta realidade, pergunto: o que fazemos? Ficamos calados, deixamos de assumir com a nossa consciência uma posição clara? Ou tomamos posição e passamos á acção? Deixo a pergunta, para que possamos reflectir e agir juntos. Antes que nos levem de vez!
Porque a queda da classe criativa, é a queda de toda a cultura democrática, acessível a todos, partilhada por todos, e que contribui para, muito mais do que o crescimento económico: contribui para a liberdade, a diversidade e a riqueza espiritual de um povo.

Voltarei ao tema, porque o tema, é a minha própria vida, e convoco todos os criadores, a tomarem posição, a não calarem o que sentem, porque um dia, pode ser tarde de mais, e quando dermos conta, seremos mais do que uma "classe" em queda, seremos prisioneiros de um qualquer regime "saudosista" que regresse das brumas do nevoeiro em que vivemos todos os dias...


*A queda da 'Classe Criativa'. Titulo inspirado em "The raise of the Creative Class" (a ascensão da 'Classe Criativa')

Publicado em simultâneo no blog: http://semearcriatividade.blogspot.com

sexta-feira, março 02, 2007

Lista de comunidades/ Projectos em ínicio em Portugal

Estes são alguns exemplos de alguns projectos que encontrei pela internet e achei curiosos. Desde um exemplo de uma antiga comunitária, a algumas comunidades intentionais, projectos de mais auto-suficiência com websites e informação na internet e ainda outros exemplos que descobri recentemente numa listagem de ecoaldeias de um livro. Destes projectos, visitei quatro onde tive experiências muito positivas e de inspiração.

De Norte a Sul:

Serra de Montezinho, Bragança: Aldeia de Rio de Onor
Alijó, Trás-os-montes: TerraLuz, Quinta da Burneira
Gondomar, Porto: Seara (extinta)
Na Guarda:
Luzkufuzku
Em Tábua (Coimbra): Casa da Ribeira
Em Tábua (Coimbra)
Quinta da Cabeça do Mato
Alandroal: Aldeia ecológica Amarna
No Alentejo:
Tamera
No Alentejo, Odemira:
Quinta do Arco-Íris
No Algarve, Castro Marim:
Terramada

Outros projectos interessantes, quintas, associações, etc:

Amarante: Agridin
Rio Tinto, Porto:
Horta da Formiga
Em Gaia:
Projecto Raízes
Arouca:
Semente de Futuro
Na Guarda:
BeiraAmbiente
Na Lousã:
Lousitânea
Em Alhandra: Quinta da Harpa

Quem souber de projectos que possam ser listados, por favor surgira nos comentários.

Mailing list sobre eco-aldeias

http://br.groups.yahoo.com/group/ecoaldeias/

Eco-aldeias são comunidades que se pretendem sustentáveis e com uma elevada qualidade de vida, ao nível ecológico, social e espiritual. A Rede Portuguesa de Eco-aldeias pretende apoiar e fomentar a criação de Eco-aldeias em Portugal, sendo esta uma forma de divulgar notícias e facilitar a troca de ideias.

Vejam para informações sobre vidas mais sustentáveis, comunitárias, mais próximas da natureza...

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Bons sites

Mais uns bons sites:

http://www.alternet.org/topstories/ Para notícias alternativas
http://www.pathtofreedom.com/about/index.shtml Auto-suficiência
http://www.globalpublicmedia.com/articles/657 Um bom exemplo de "revolução"

Obrigado Hélder
e bons devaneios de Amor a todos*

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Comunidade sustentável em Portugal

Unirmo-nos por um sentimento de maior entreajuda, de mais fraternidade e amor

Recentemente na minha procura de viveres sociais, naturais e comunitários tenho visitado e percorrido quintas, pequenas comunidades (como a Casa da Ribeira, Quinta da Cabeça do Mato, Quinta da Harpa), contactado outras (Quinta do Arco-Íris), visitado aldeias antigas ou abandonadas pela região da Lousã e Caramulo.
A quem quer que esteja interessado nestes conhecimentos ou no reviver de saberes antigos que possam-nos ajudar a recontruir comunidade sustentável e mais harmoniosa em Portugal, é só contactar-me a sua intenção com um comentário e enviar-me um mail.
Somos muitos, cada um à sua maneira a recriar uma transformação a nível interno e nas suas raízes mais profundas do nosso país, nada a ver com política, nada a ver com pretensões. Tudo a ver com os nossos genuínos sonhos e desejos...

E claro, tudo influencia e está ligado a todos os nossos desejos e sonhos, interiores de ser feliz, da arena profissional, da área familiar, relações, amigos e amores, passatempos e emoções interiores. Todos nós somos diferentes mas unidos pelo mesmo sentimento de fraternidade!

Partilhem dum bocadinho de vós! :-)