Por um lado sinto que as mulheres não devam ser julgadas mas sim ajudadas, pois tem o direito a uma vida digna. Por outro lado, se abortam, os fetos deixam de ter o direito à sua vida.
Ou seja, a questão é extremamente delicada e até acho doloroso estarem-nos a pedir para votar numa matéria tão a preto-e-branco.
Gostava de estender a minha compaixão tanto aos fetos que devem ser defendidos como às mulheres que devem ter direito a uma vida livre, sem contudo deixar de achar que estas não devam interferir na vida de futuros seres (pela realização de um aborto). Considerados estes valores éticos, irei abster-me como a posição pela qual não contribuo directamente para prejudicar nem um lado, beneficiando o outro, nem a situação inversa. Continuo a achar que intervir directamente na tentativa de elevar os níveis de compreensão e de paz, de comunicação e de amor, na vida dos casais, transversalmente em todos os níveis sociais, é a medida que a sociedade deve em bom senso e delicamente tomar. E claro, desencorajar a prática do aborto.
3 comentários:
Saudações
Antes de mais, quem se abstém sou eu, mas apenas no que toca a exprimir qual a minha intenção de voto. Acho que o assunto já foi por demais debatido, tudo o que se possa dizer agora será apenas... Chover no molhado.
Quem já tomou uma decisão, dificilmente ouvirá um argumento que o/a faça mudar de opinião. Agora, o que não consigo compreender, é a abstenção.
Mesmo que alegues neutralidade nesta matéria, porque a consideras demasiado complexa para ser exposta como preto-no-branco, lembra-te disto:
A vida em sociedade é como estar num comboio em movimento, ou seja, para onde o "comboio" fôr, tu/nós também vamos, logo, a neutralidade torna-se irrelevante e inconsequente, acho que deves votar. Mesmo que sintas que o teu voto não fará a diferença.
Faz-te ouvir. Vota, porque podes.
Concordo plenamente com o comentario anterior.
A metafora do comboio e' muito forte e cada vez mais real no mundo de hoje. Estamos todos no mesmo barco (outra metafora) e cada vez e' mais preceptivel que os nossos actos/pensamentos influenciam o rumo do barco. Assim, nao podemos ser mais indiferentes, temos que construir o nosso futuro.
E' mais facil nao tomar decisoes e deixar que outros as tomem por nos ou entao que o "destino" venha e decida. Esta maneira de ver foi a que nos trouxe ate aqui e, segundo me parece, fruto de muitos problemas que vivemos actualmente.
E' cada um de nos tomando responsabilidades que, me parece, estes problemas podem ser resolvidos, mas nunca pela indiferenca que so vai adiar os problemas.
Partilho das vossas opiniões, estámos todos diria antes no mesmo planeta! Senti que neste caso o referendo não era a solução e não o sendo decidi não votar. Agora depois dos resultados o importante é que se apoiem as mulheres e se defenda sempre a vida humana e se proporcionem condições sociais e económicas a quem quer que queira ter filhos como eu.
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