O que é o Consciência Social?

É um blogue que convida todos à aberta discussão de temas relevantes para o desenvolvimento pessoal e de maior consciência social. Encontre temas ligados ao ambiente, práticas ecológicas, soluções de sustentabilidade, espiritualidade, iniciativas sociais e muitas novas ideias! Comenta! Partilha!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Ainda o PFAF (Plants for a Future) e o Path to Freedom

Continuo a sentir-me maravilhado com estes dois projectos de permacultura.
O primeiro, plants for a future, por nos dar a descobrir no imenso catálogo/base-de-dados de pesquisas das quintas deles que plantas são comestíveis, selvagens ou cultivadas ou ornamentais, como as cultivar, que efeitos medicinais têm, para virtualmente qualquer aplicação: http://pfaf.org/leaflets/med_uses.php e http://www.pfaf.org
Acrescente-se a este a excelente base-de-dados http://www.ars-grin.gov/duke

O segundo, path to freedom, por nos ensinar que a autosuficiência pode ser possível e até desejável mesmo num ambiente urbano. Com muitas dicas, fotografias e pensamentos ao longo dos anos do percurso deles: http://www.pathtofreedom.com
Procure-se "permacultura" na wikipedia

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Comunidade em Casa (ou Permacultura em Casa)

Escrevi este post inspirado na ideia da chumani da "comunidade" escrita há uns dias. E como houve feedback... :-)
Irei partilhar alguns insights que sinto agora altura de fazer chegar até aqui... Talvez assim possámos chegar a algumas conclusões comuns e ajudas preciosas para os nossos caminhos!

Como é possível juntar os conceitos de auto-suficiência, comunidade, agricultura biológica e permacultura e fazer isso desde o momento presente?

Após levar-me uma década de observação social e interior a chegar a esta conclusão e um ano de intensa procura para procurar pôr em prática uma vida mais conectada, natural e sustentável, vou partilhar aqui, o mais humildemente possível, no que faço no dia-a-dia na tentativa de dar melhores contributos ao mundo em geral.. mas não quero dar aqui a sensação que estou a expôr o meu ego ou teorias pessoais.
Não se sintam guiados por alguma destas linhas, isto é mais uma procura individual de cada um, mas naturalmente existem modelos que inspiram muita gente, de modos semelhantes, e pelos quais também me inspiro.

Neste momento adopto uma alimentação vegetariana, o mais possível orgânica/biológica e local (embora tal não seja o mais fácil em Portugal), tento adoptar na medida do possível a vida mais simples, calma e natural (se bem que o processo desta caminhada tenha os seus longos trilhos de experimentação). Tento seguir todo o rumo natural de como algo vem ter às minhas mãos, como esse algo influi em mim ou nos outros e como se seguem os produtos de tal acção ou resíduos consequentes (um exemplo prático é seguir donde vem a nossa comida ou água).
Depois faço o meu próprio sabão natural (planeio vir a fazer shampoo natural), uso o mesmo ou os detergentes mais naturais ecover para a louça ou roupa. Reciclo tudo o que posso e recentemente tentei fazer a filosofia do "tentar não deitar nada fora" ou do "tento que pouco entre em casa e pouco saia, apenas o essencial", re-usar o que tenho velho (ou doar) e assim tentar minimizar o impacto dos eventuais recursos. Tenho planos de reciclar o meu próprio papel, há imensa gente que o faz, e a prática parece ser bastante apelativa a usarmos a nossa criatividade, assim como construir um forno solar. Claro que nem tudo acontece em um dia ou um mês, mas acredito que todos cheguemos lá passo-a-passo, aos nossos ritmos.
Tentar não entrar na onda consumista da sociedade, da TV e da negatividade dos media convencionais é outra premissa que julgo que pode ajudar-nos um bocadinho e também ao mundo (boicotando toda a negatividade e interesses menos bonitos que por aí existem). Por último, cultivo os meus próprios vegetais, ervas aromáticas e medicinais na varanda de casa. Que pedra fundamental é na permacultura ou auto-suficiência aprender a fazer tal coisa e assim contribuir até para as nossas gerações vindouras com melhor comida, e métodos mais naturais.(iniciei isto no outono de 2006), ver www.cantinhoverde.blogspot.com

De seguida, partilho um pouco daquilo que julgo ainda não ter integrado e sinto ser importante nesta procura que muita gente indica para uma vida mais conectada, de comunidade mais saudável, de maior serviço àquilo que realmente nos traz aqui.
Falta-me equipar a casa com sistemas de energia alternativa (eólica, solar...) ainda estudo e leio sobre isto mas sinto que é algo fundamental a ajudar a diminuir o uso de combustíveis fósseis e poluentes. Apesar de não conduzir e não ter carro (uso transp públicos), uso das boleias de outras pessoas e embora leia com essas pessoas sobre biodisel e outros tipos de alternativas, ainda não demos esses passos. Falta (evidentemente complicado num meio urbano), reciclar água usada da cozinha e casas de banho (rego as plantas com água da chuva usada e uso urina minha díluida para as fertilizar); naturalmente num meio urbano (e numa casa arrendada e sem vida "estabilizada") estou bem ciente que estas coisas sejam bem mais complexas de se pensar e planear!)
E ainda procuro chegar (este é um ponto bastante importante), como posso contribuir de um modo melhor para a sociedade a nível de comunidade local e global, promover a entreajuda, a questão da auto-suficiência (estas questões do trabalho, dinheiro, estabilidade, criação duma família futura.. também ainda penso, penso, penso..), porque mais uma vez somos educados pa vidas individualistas e do salve-se quem puder e assim é complicado chegar às soluções práticas que permitem solucionar esta questão!
Importante também, medito e faço na medida do possível a minha conexão com a vida, com a natureza e universo e seus ciclos, e o mundo interior e tento dar do melhor nas minhas relações com as pessoas (embora sinta que muitas vezes só comunique da forma ideal com aquelas pessoas que se expressam na mesma frequência que nós aqui - vidas naturais, simples, de ajuda...) pois creio que estes dois pontos são talvez dos mais importantes porque são as âncoras de onde tudo parte para o resto do mundo exterior. Penso que o nosso estigma social para comunicar, quando se tratam de assuntos sensíveis, ainda é enorme.

Quaisquer sugestões, partilhas, adições, pedidos que queiram fazer, sintam-se à vontade!
Naturalmente as áreas da auto-suficiência e do estabelecimento de elos e laços numa qualquer comunidade (seja urbana, rural, formada pelos nossos amigos e famílias ou intencional) são as áreas mais críticas e complicadas de resolver que tenho sentido até agora.

Por último, peço-vos uma sensata discrição quando exponham isto que sinto, para meios para fora do blog. :-)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Bons sites

Mais uns bons sites:

http://www.alternet.org/topstories/ Para notícias alternativas
http://www.pathtofreedom.com/about/index.shtml Auto-suficiência
http://www.globalpublicmedia.com/articles/657 Um bom exemplo de "revolução"

Obrigado Hélder
e bons devaneios de Amor a todos*

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Comunidade

Na UBP estamos a pensar seriamente em algo que una conceitos como permacultura (etc., etc.) e centro de retiros. Como isso será feito... é o grande mistério :)

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

REFERENDO: Voto SIM. Digo NÃO...

Ponderei durante largas semanas, sobre se faria sentido escrever sobre o Referendo, que irá decorrer no próximo dia 11 de Fevereiro. Neste, será solicitado aos portugueses, que se pronunciem sobre uma questão muito específica relacionada com a IGV - Interrupção Voluntária da Gravidez.
No preciso momento em que escrevo, sinto que estou com milhares de cidadãos, que se juntam neste movimento global de participação cívica e de cidadania. Uns por um lado, outros por outro, cada um com as suas razões, os seus argumentos, os seus valores, acreditando que são esses, os que defende, os mais justos, os mais realistas, os mais utópicos, os mais científicos, ou mais espirituais.
Ainda antes de mais considerações, quero desde já esclarecer o ponto fundamental da minha posição. Não me sinto de um lado ou de outro lado. Sinto-me nos dois ao mesmo tempo. No entanto, quanto à pergunta que está formulada, aprovada pela Assembleia da República, validada pelo Tribunal Constitucional e pelo Presidente da República, e submetida a referendo, eu respondo claramente e sem qualquer dúvida - SIM.

Recordo que a pergunta, é a seguinte:

— Concorda com a despenalização da IGV, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Porque voto SIM? E como consigo conciliar esse voto, com a minha consciência que é claramente desfavorável à IGV, ou de qualquer outra forma que contribua para eliminar a manifestação de Vida?
Num contexto complexo de opiniões, que convergem tanto num como noutro campo (o do SIM e o do NÃO), encontro posições que acolho dentro do meu quadro de valores, pessoais, sociais universais e espirituais.
Acredito que somos mais do que um corpo vivo. Somos uma consciência, antes antes de sermos o que quer que seja. Partilho da visão de algumas das principais correntes de pensamento e espiritualidade, como o Budismo, que acredita na nossa reencarnação (aliás visão partilha com os cristão, e algumas outras vias).
Nem sempre pensei assim. Durante muitos anos da minha vida, via o mundo de uma perspectiva muito separada, de um paradigma diferente daquele em que hoje me revejo.
No aqui e agora, sinto que em coerência posso e quero votar SIM, porque acredito com convicção numa via diferente da criminalização para defender a Vida. Creio nas mensagens que vários homens "santos" nos deixaram, como Cristo ou Buda, sobre a compaixão. Jesus terá sido um dos homens que mais pregou o perdão e o não-julgamento. Soube amar a todos, mesmo aqueles que todos rejeitavam, que a sociedade desdenhava, que os poderes religiosos excluiam do seu rebanho: prostitutas, bandidos, renegados, doentes, etc...
Não creio que o caminho para promover uma outra visão, um outro paradigma, passe por impor valores a ninguém. Jesus Cristo não fez, Buda não fez, Ghandi não o fez. Como a maioria dos grandes líderes espirituais que cultivaram a paz, e a compaixão, souberam partilhar os seus valores e a sua visão para o mundo, sem o recurso à espada, mas sim pelo coração.
Por isso entendo que não faz sentido continuar com o julgamento, a humilhação, e aprofundamento das causas do sofrimento humano das mulheres que decidem tomar tão drástrica decisão para as suas vidas - interromper uma outra vida, que se manifesta dentro de si (independentemente do momento, e das razões pelas quais o decide fazer).
Acredito, que o nosso trabalho, poderá concentrar-se na informação, aconselhamento, acompanhamento, desenvolvimento de uma outra consciência que respeite a Vida, em todas as suas formas de manifestação (não apenas humana) e que esse salto de desenvolvimento da consciência nos possa encaminhar para uma vivência mais saudável, mais harmoniosa, conosco mesmos, com a sociedade e com o planeta.
Votando SIM, acredito que estarei a contribuir para dar esse passo. Votando NÃO, acredito que estarei a participar de um julgamento público, aprofundando o estigma pessoal, social e de consciência sobre aquelas mulheres que continuaram a decidir para lá dos valores que possamos defender. Votando NÃO tudo ficará na mesma. Votando NÃO, estarei escolhendo o caminho do chicote, da punição e da condenação...
Votando SIM, ofereço o meu coração pleno de compreensão e compaixão, sem julgar nem condenar aquelas mulheres que tomem tal decisão.

Referendo de dia 11 de Fevereiro

Considero notável a opinião do Alexandre, é talvez das posições mais sensatas que já li a apelar ao voto sim. E também li opiniões muito sensatas da parte do não. Não obstante, após ponderar bastante, e encontrar todos estes diferentes pontos de vista, decidi abster-me no próximo referendo de Domingo por chegar a uma conclusão que sinto ser mais abrangente.

Por um lado sinto que as mulheres não devam ser julgadas mas sim ajudadas, pois tem o direito a uma vida digna. Por outro lado, se abortam, os fetos deixam de ter o direito à sua vida.
Ou seja, a questão é extremamente delicada e até acho doloroso estarem-nos a pedir para votar numa matéria tão a preto-e-branco.

Gostava de estender a minha compaixão tanto aos fetos que devem ser defendidos como às mulheres que devem ter direito a uma vida livre, sem contudo deixar de achar que estas não devam interferir na vida de futuros seres (pela realização de um aborto). Considerados estes valores éticos, irei abster-me como a posição pela qual não contribuo directamente para prejudicar nem um lado, beneficiando o outro, nem a situação inversa. Continuo a achar que intervir directamente na tentativa de elevar os níveis de compreensão e de paz, de comunicação e de amor, na vida dos casais, transversalmente em todos os níveis sociais, é a medida que a sociedade deve em bom senso e delicamente tomar. E claro, desencorajar a prática do aborto.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Reciclar Plástico

O plástico é das matérias mais poluentes e dos materiais mais usados na nossa sociedade e todos temos o dever a reduzir ao seu consumo, reutilizá-lo para outras coisas se possível ou reciclá-lo em vez de o deitar ao lixo normal!

1. Choose goods with minimal packaging.
2. Try to reduce the need to throw away plastics. For example, take a reusable shopping bag to the supermarket or corner shop. Don't accept a bag if you don't need one.
3. Rather than throwing them away, give plastic toys or containers to stores.
4. Use plastic containers and bags again or make them into something else. For example use yoghurt pots to grow seedlings, use the top part of drinks bottles as cloches for plants.
5. Buy products that are refillable.
6. Ask your local authority recycling officers which materials are currently collected or may be collected in the future.
7. Look for products, made of recycled plastic.
8. Separate and put all plastic in the recycling bins.

1. Escolher productos com o menos embalagem possível.
2. Reduzir o acto de atirar plásticos para o lixo. Por exemplo, reutilizar um saco para ir às compras ou não aceitar sacas plásticas se não forem necessárias.

3. Em vez de atirar para o lixo, doar ou fazer outrautilidade de coisas de plástico antigas como brinquedos.
4. Usar objectos de plástico que iriam para o lixo para outros fins como caixas de iogurte para crescer sementes ou a parte de cima das garrafas para servir de miniestufas para plantas.

5. Comprar productos que possam ser enchidos novamente.
6. Pedir às autoridades locais meios de recolher plástico inutilizado ou criar essas infraestruturas.

7. Procurar produtos feitos de plástico reciclado.
8. Separar e por na reciclagem todos os produtos à base de plástico.