O que é o Consciência Social?

É um blogue que convida todos à aberta discussão de temas relevantes para o desenvolvimento pessoal e de maior consciência social. Encontre temas ligados ao ambiente, práticas ecológicas, soluções de sustentabilidade, espiritualidade, iniciativas sociais e muitas novas ideias! Comenta! Partilha!

terça-feira, outubro 10, 2006

Como funciona a Economia e que Poder temos nós

hoje enquanto ia ao supermercado ia a pensar como evolui uma economia e que papel eu tenho directamente nela
ora então cheguei a esta conclusão
recebo cerca de 1000 euros do estado (dinheiro esse que vem dos impostos colectados ao povo e às empresas, se bem que a estas seja menos), também sei que há redução das pessoas a contribuir para o estado, porque as dispesas crescem, a população envelhece e o desemprego (ou seja, menos pessoas a contribuir) aumenta.
até aqui seguiram tudo não?

depois recebo também comida que é fabricada, dependendo da minha escolha, por mim próprio ou familiares, comprada nos supermercados ou em pequenos mercados (que geralmente apenas sustém uma família). esse ingredientes vem de indústrias como de agricultura ou empacotamente (que geralmente poluem imenso) e de tecnologias (igualmente sem cuidados ambientais) e noutras vezes, se formos aos hipermercados o dinheiro vai quase todo para a grande empresa

ou seja, reparem nisto. estão a seguir não? o estado empobrece cada vez mais, as pessoas por consequência recebem menos em relação ao poder de compra, e as grandes empresas e empresários crescem cada vez mais

agora pergunto-vos, isto é o sistema capitalista como sabem, será que é o sistema ideal?
reflictam bem em quem votam já pensaram mesmo nisso a sério tendo em conta estas considerações
e agora proponho-vos um outro desafio.
imaginem estas coisas a evoluirem para o futuro. *não se esqueçam que as mudanças climáticas estão aí à porta e as crises sociais e económicas (só po povo) e também o desaparecimento das reservas de petróleo.
imaginem o que é esperado acontecer?
já imaginaram?
e imaginem também que somos *todos*, todos mesmo, que temos o poder de controlar este sistema de circulação de dinheiro

sabem que temos o poder de recusar dar dinheiro e recusar ir às compras às grandes empresas e a grandes superfícies. e que se o estado vai em breve desaparecer nós podemos receber e equatitivamente equilibrar esse poder entre nós.
só isso é a solução desejável. náo é uma questão política ou de opinião. a natureza encaminhamo-nos sempre ou para a queda da civilizaçáo ou para a sua continuação se formos inteligentes, sensatos e humildes
e compreensível, não?

e também a ti esta circulação te afecta. é espantoso não é?
tudo na natureza inclui estes círculos e nós não escapámos a eles
Antes! devemos escutá-los e seguir com eles em harmonia :-)

5 comentários:

Rita disse...

olá:)
Não concordo inteiramente contigo no que diz respeito às "grandes empresas". Uma empresa não é uma entidade abstracta e malévola mas sim um grupo de pessoas que se juntaram para, em troca de um serviço que prestam, conseguirem o seu sustento. Empresas mais bem sucedidas, por exemplo poque os seus criadores foram inovadores e arriscaram, ou porque prestam serviços que mais nenhuma presta (por exemplo eu no Pingo Doce consigo comprar papaias e na praça não) tornam-se, naturalmente, maiores. Mas não deixam de ser grupos de pessoas, com vida e família. Se toda a gente na minha terra deixar de ir ao Pingo Doce e passar a ir à praça, as pessoas que trabalham no Pingo Doce vão ficar sem emprego. Por outro lado a praça vai ter mais dinheiro e não tarda nada vai querer abrir filiais em vários locais, tornando-se um Pingo Doce.
A vantagem que eu vejo em comprar na praça é sobretudo ambiental: alguns produtos são locais e não gastam tanto combustível a deslocar-se até ao sítio onde os vou comprar(nem todos, porque hoje em dia quem vende na praça compra aos Mercados Abastecedores, como o MARL, que são abastecidos também por grandes empresas de agricultura).
Outra coisa em relação às "empresas": os super/hipermercados e muitos dos franchisings que se vêm por aí são negócios familiares. Ou seja alguém quis investir naquela zona (fazia falta um supermercado ou uma lavandaria) e contactou a marca para abrir uma loja com o nome deles (que já está solidificado) e beneficiando do facto de eles já terem experiencia em tratar da papelada toda.
A tua visão, se bem que pareça óbvia, é perigosa porque estás a atribuir às coisas valores e pesos que elas não têm. Não convém esquecer que atrás das empresas estão pessoas, que têm direito a ganhar para o seu sustento e a ter sucesso. Tratar as "empresas" como coisas abstractas pode-nos levar a discriminar e prejudicar inconscientemente quem lá trabalha.
Outra coisa em que não concordo é a maneira como referes "agricultura, industria e tecnologias" de forma geral e negativa. Todos estes sectores estão devidamente regulamentados por normas de qualidade e segurança, não de forma perfeita para o ambiente mas também não à balda como sugeres. Estão a meio caminho. Qualquer empresa com mais de 5 pessoas tem que ter as normas se higiene e segurança no trabalho aprovadas, e realizar auditorias para manter o certificado; e qualquer empresa que tenha o mínimo escoamento de resíduos para o ambiente também tem que cumprir as normas ambientais, passar por auditorias e exibir um certificado. Claro que nem todas o fazem, tal como nem todas as pessoas reciclam, não é? Mas em qualquer sistema vai sempre haver alguém a falhar, e isso não é culpa do sistema, é culpa da natureza humana.
Eu, por mim, concordo com o capitalismo-socialismo, (apesar de não ter pais ricos, nem me ter saído a lotaria) porque é o sistema que permite que as pessoas progridam de acordo com as suas ambições, ao contrário do sistema oposto (comunismo) onde as pessoas são limitadas em nome da igualdade geral (que é irreal porque não somos máquinas, somos seres humanos e bem diferentes uns dos outros). Se alguém quer estudar para ser gestor, passar noites em branco a manter a empresa em pé e ganhar uma pipa de massa para passar férias na Tailãndia, estou de acordo com um sistema que lhe permite isso. Porque há outras pessoas que preferem saltar fora da escola ao 9º ano e serem caixas de supermercado com férias no Algarve porque não têm persistência para trabalhos muito stressantes e os assusta sair das fronteiras. E quem tem um projecto de vida diferente (não melhor nem pior) não tem que ir pela bitola destas pessoas.
Bem, grande testamento... entusiasmei-me! Calculo que não vais concordar, mas não resisti a uma boa troca de ideias.
Um abraço:)

paulo disse...

Olá Rita :)

Gostei muito da tua análise! É assim que se constrói um puzzle mais global das situações.
Também concordo que a visão que coloquei é parcial e tinha as suas intolerâncias que não são as ideais.

Gostei especialmente da comparação das pessoas da praça que se juntarem mais dinheiro também vou abrir outros "pingos doces"
Agora que uma parte relativa da população tem já consciência do quanto pode ser problemática esta linha de pensamento (porque causa das consequências sociais e ambientais), como achas que pudemos ajudar a corrigir esta linha de pensamento para uma mais sustentável? Como informar as pessoas por detrás de cada empresa e levar a humanidade colectivamente a desemvolver mais consciência ambiental antes que os desastres surjam.

De resto, sente-te à vontade para continuares o diálogo e a contrapor os meus pontos de vistas sempre que o aches desejável! Só assim mutuamente pudemos ampliar as nossas perspectivas!

Abraços...

Rita disse...

Hello:)

Eu acredito na virtude do "compre produtos locais sempre que possível" como alternativa ecológica e que permite que haja um desenvolvimento mais homogéneo. Com isto incluo os hipermercados, que se abastecem também de produtores locais (apesar de só lhes pagarem passado uns meses como já se tem ouvido) e que criam empregos no sítio onde abrem. E aqueles novos programas de empreendedorismo, em que ensinam as pessoas a abrir e gerir a sua própria microempresa também me parecem uma coisa boa, porque às vezes a Tia Joaquina tem uma compota maravilhosa que ia vender muito bem, mas não sabe lidar com a papelada e os impostos que isso traz. Olha, uma das iniciativas mais inteligentes que já vi em Portugal foi o movimento 560 (deves conhecer). E outra coisa ainda, que não tem a ver com o comprar mas que ajuda a diminuir a desigualdade: se reciclarmos mais, é menos matéria prima que o país tem que importar, e as empresas nacionais que usam matéria reciclada (um grande viva para elas) beneficiam porque têm acesso ao material mais barato e vindo de perto.
Infelizmente isto tudo é muito bonito mas as coisas demoram muito, muito tempo a mudar e por agora ainda existem grandes injustiças sociais. Esperemos que vão mudando aos bocadinhos, e com a nossa ajuda. Beijinho********

Rita disse...

com isto esqueci-me de dizer que também gostava de ouvir as tuas ideias para o caso, e que também és extremamente bem vindo a passar lá no polegarverde, gente sensata é o que é preciso. abraço***

paulo disse...

sim :) com todo o gosto :)

tento comprar local sempre que posso e orgânico, mas reconheço que várias vezes dá-me uma dor de cabeça estar a distinguir mas sei que é quer por um bem maior e pela saúde minha e do planeta.

acho interessante o movimento das microempresas... creio que o importante, no fim de contas, é que se gerem estes movimentos de consciência de mais cuidado social, mais cuidado ambiental

é impreterível

quanto à reciclagem que sugeres, sim, é um bem maior, mas mais ao fundo do problema ainda é reduzir e reutilizar (os três Rs)
reduzir, porque muitas vezes comprámos coisas que não são necessárias

eu diria até que tudo passa por uma espécie de revolução mais ou menos de conteúdo espiritual, porque o principal problema da humanidade não é o da ignorância, mas sim é o do materialismo, das ilusões e do egocentrismo.

são estas as nuvens que nos têm trazido os problemas que agora solucionámos.
são estas as causas originárias e podes crer que reduzindo às nossas ilusóes materialistas não só tudo de resolve como ainda facilitámos a vida dos outros e nos traz também mais felicidade

beijinho e vou seguindo o teu polegar verde... ;)