"(O economista actual) está habituado a medir a 'qualidade de vida' pela quantidade de consumo anual, assumindo sempre que uma pessoa que consome mais vive melhor do que uma pessoa que consome menos. Um economista budista consideraria esta abordagem excessivamente irracional: já que o consumo é apenas um meio para atingir o bem estar humano, o objectivo deveria ser o de obter o máximo de bem-estar com o mínimo de consumo. ... Quanto menos labuta houver, mais tempo e energia sobra para a criatividade artística. A economia moderna, por outro lado, considera o consumo como o único fim e objectivo de toda a actividade económica. "
" É claro, portanto, que uma economia budista deve ser bastante diferente da economia do materialismo moderno, já que o budista vê a essência da civilização, não na multiplicação das necessidades, mas na purificação do caracter humano. O carácter, por sua vez, é formado primariamente pelo trabalho do homem. E o trabalho, conduzido de forma apropriada em condições de dignidade e liberdade humanas, abençoa aqueles que o fazem e igualmente os seus produtos."
"Máquinas cada vez maiores, implicando concentrações cada vez maiores de poder económico, e exercendo violência crescente sobre o ambiente, não representam progresso: eles são uma negação da sabedoria. Sabedoria exige uma nova orientação da ciência e da tecnologia na direcção do orgânico, do suave, do não violento, do elegante e do belo."
E.F. Schumacher, 1973, Small is beautiful
Schumacher escreveu o seu famoso Small is beautiful em 1973, quando aparentemente ainda pouca gente estava farta do consumismo e os problemas ambientais eram muito menos visíveis do que hoje. Defendia um mundo (produtivo e económico) construído à escala humana, como a única forma de tornar esse mundo ecologica e humanamente sustentável.
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1 comentário:
Obrigada jardineira aprendiz
Um bom dia pra ti...
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